Diocese
A Região Noroeste do Estado, evidentemente, deveria atrair povoamento. Campos imensos para a criação de gado e cultura. No século passado, até posição de objetivos militares. O velho Anhembi (Tietê) era caminho de penetrações. Cita Fausto Ribeiro de Barros que Martins Barros, em cartas datadas de outubro de 1767, sugeria ao Capitão General de São Paulo, que “a Povoação de Piracicaba viesse à Barra do mesmo Rio, ou nas suas vizinhanças e a de Botucatu, para o Salto de Avanhandava e da de Faxina ao Salto de Itapura”. “Em 1842, famílias mineiras, procedentes de Piumby, quando da revolução, articulada pelos liberais, se localizaram em Belém do Descalvado e, depois, internados nos sertões de Araraquara, alcançaram o Tietê pelo Ribeirão dos Porcos e, pelas barras de seus afluentes, foram fazendo posses”. Santa Cruz do Avanhandava (Penápolis) foi um dos pontos de penetração, como, em 1888, fora Pirajuí, quando o Coronel Joaquim Piza estabeleceu seu domínio em terras que havia adquirido nas vertentes do Rio Feio. Plantou cafezais na “Faca” e no “Acampamento”. Jaú era o centro abastecedor do pessoal, no tempo, numa distância de vinte e quatro léguas, com transportes feitos no lombo de burros e de carros de boi.
Aos vinte e seis de junho de 1858, era criado o Estabelecimentos Naval do Itapura, a fim de colocar no limite das duas Províncias (São Paulo e Mato Grosso), um núcleo de povoação, assim como regular navegação, que facilitasse todas as comunicações do centro do Império com as nossas forças, colocadas na fronteira do Paraguai. Anteriormente, aos 13 de maio de 1858, fora fundada a Colônia Militar de Avanhandava, “abaixo do Salto, pouco menos de uma légua. No entanto, as terras da Noroeste já eram habitadas. Os aldeiamentos dos Caingangues cobriam a região. O ltapura era visitado pelos Caingangues, pelos Caiapós, que, com os Xavantes, pertencem ao grupo dos Tapuias. O tempo propício às visitas era a piracema. Dos Caingangues ou Coroados resta, na região, apenas um pequeno grupo no Município de Braúna, no Posto lcatu. Em Itapura, ao lado do Palácio do Imperador, levantaram-se prédios de alvenaria, quartel, almoxarifado de armas, igreja, cemitério. A Igreja, à margem do Rio, sobranceira, em um elevado barranco, conferia mística espiritual daqueles rincões. Quanto aos Caingangues, praticamente, na segunda década do século estavam extintos. Ficaram célebres os nomes dos caciques Vahuim, Charin, Duque; dos índios Futoio, Veigmon e da índia Vanuire. Surgem, com o povoamento, os sinais de religiosidade, comumente os Cruzeiros e as Capelas. No Salto de Avanhandavam depois da ponte, na estrada atual que liga Rio Preto a Prudente ou Penápolis, na época, edificada por ordem do Imperador, uma Capela, dedicada a Nossa Senhora do Carmo, a qual recebera das mãos imperiais, sino e imagem. No ano de 1861, os moradores de Avanhandava pedem ao Presidente da Província a criação de um Distrito de Paz naquele lugar. E, no ofício, acrescentam: - A Capela e sacerdote da dita Colônia Militar podem ficar servindo de Capela e Pároco do Distrito. Devido correria e massacres dos índios, sobreveio o despovoamento da região.
No inicio do século, Monsenhor Claro Monteiro do Amaral, numa tentativa de catequese dos índios, morre flechado às margens do Rio Feio, no dia 9 de maio de 1901. Em 1905, iniciava-se a construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. Seus trilhos atingem Itapura em 1910. A marcha do povoamento foi, de 1905 a 1920, a da implantação; a expansão e consolidação de 1920 até 1940. Seguiu-se, depois, o declínio com o êxodo caminhando-se para o domínio das pastagens. O ano de 1908 fora histórico para a Igreja no Estado de São Paulo. Por decreto da Sagrada Congregação Consistorial, com data de 8 de outubro de 1908, foram criadas cinco dioceses, desmembradas da única existente, que era São Paulo. E foram:Taubaté, Campinas, São Carlos, Ribeirão Preto e Botucatu. Até então, em termos de organização eclesiástica, a região da Noroeste pertencia à Paróquia de Bauru, criada por Dom Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti quando Bispo de São Paulo, aos 21 de junho de 1897. Alcides Silva relata que a Paróquia de Bauru, em linguagem de hoje, abrangia, territorialmente, os atuais Municípios de Piratininga, Cabrália Paulista, Duartina, Gália, Avaí (Jacutinga), Presidente Alves, Pirajui(São Sebastião do Pouso Alegre), Uru, Reginópolis (Batalha), Cafelândia, Lins (Campestre) e Promissão (Heitor Legru) e parte dos Municípios de Agudos, São Pedro do Turvo, Álvaro de Carvalho (Santa Cecília), Júlio Mesquita (Ouro Branco e Ouro Verde), Guaimbê, Lucianópolis, Getulina e Penápolis. Com a elevação de Botucatu a Bispado, a Noroeste Estado de São Paulo passou a pertencer à nova Circunscrição Eclesiástica, cujo primeiro Bispo Dom Lúcio Antunes de Souza tomara posse do Bispado a 20 de fevereiro de 1909.
Santa Cruz do Avanhandava (Penápolis) recebera os Religiosos Capuchinhos aos 25 de junho 1908. No entanto, já tinham estado na região de Avandandava, quando José.Eduardo Castilho e seu compadre Manoel Bento do Lageado. Frei Bernadino de Lavalle celebrou Missa na Fazenda Lageado e na Olaria do Senhor ManoeI Bento da Cruz que hoje se chama Fazenda Santa Leonor. Na atual Praça 9 de Julho, em Penápolis Frei Bernardino de Lavalle plantara o Cruzeiro. Anteriormente, por escritura pública lavrada aos 7 de dezembro de 1907, em Rio Preto, fora doada à Ordem uma gleba de alqueires de terras, nos campos de Maria China, por José Eduardo Castilho e sua mulher Ana Melvina Castilho. Aos dois de abril de 1909, Dom Lúcio Antunes de Souza criava Curato de Penápolis, com imensa área de território, conforme registro: “a margem esquerda do Rio Tietê, desde o Rio Batalha até o Rio Paraná; a margem esquerda do Rio Batalha, desde sua ida no Rio Tietê até a foz do Rio Batalhinha; daí, pelo divórcio das águas, na Serra dos Agudos e Mirante até as cabeceiras do Rio do Peixe e daí, continuando pela margem direita do mesmo Rio do Peixe até o Rio Paraná”. O Primeiro Cura de Penápolis foi o Padre Frei Boaventura Maria de Aldeno. Visitavam os Capuchinhos, regula mente, as Capelas de Jacutinga, Presidente Alves, Pirajuí, Lins, Promissão, Avanhandava (Campo Verde, Miguel Calmon), Glicério, Coroados, Birigui, Araçatuba. Chegaram até Três Lagoas. Dedicado; entre muitos, foi o Padre Felicíssimo Maria de Prada, sacerdote querido que rezou a primeira Missa em Lins. Atendiam os Capuchinhos também ao Curato de São Jerônimo, na então Diocese de São Carlos. Era formado pela faixa de terra, que vai do Ribeirão Corredeira, acima do Salto do Avanhandava até o Rio Paraná. Fazia parte da Paróquia de São José do Rio Preto. A primeira excursão dos Capuchinhos, em trabalho missionários pelo Curato, foi a 4 de setembro de 1911. Hoje é a região em que estão a Dioceses de Rio Preto e Jales. Há nomes que lembram o Curato; assim Macaúbas, Planalto, Palmeiras, Capitão-Vicente, Fazenda Santa Bárbara, Bela Vista do Chico Pereira Pantaninho, São Jerônimo.
Do ano de 1919 em diante, o Curato foi atendido pelos Capuchinhos de Birigui até que foi criada a Paróquia do Serradão, desmembrada de Rio Preto em 1923.
Em 1912, os Capuchinhos abriram um núcleo de catequese entre os Caigangues na embocadura do Ribeirão das Marrecas, onde hoje se situa a cidade de Panorama no margem esquerda do Rio Paraná. Durou esse trabalho até o ano de 1915. Figura de destaque nos trabalhos missionários foi o Padre Frei Sigismundo de Canazei. Cabe aqui o seguinte registro: a região em que se alinham os atuais Municípios de Alto Alegre (Faveral), Luiziânia, Braúna, Clementina, Santópolis, Piacatu, (Bela Vista), Gabriel Monteiro (Nova Olímpia), Bilac (Vila Conceição, Nipolândia) foi atendida pelos Capuchinhos, até que se tornaram paróquias. Dom Lúcio Antunes de Souza esteve, por diversas vezes, em visitas pastorais à imensa diocese. Em seu nome, estiveram também, em visitas à Noroeste, Monsenhor Domingos Magaldi e Padre João Belchior.
Aos 12 de dezembro de 1913, tomaram posse da Paróquia de Bauru os Padres Missionários do Sagrado Coração de Jesus. Dois deles, anteriormente, tinham trabalhado em Pouso Alegre e ern Botucatu. Naquele mesmo ano, foram incorporadas, à Paróquia de Bauru, as Capelas de Jacutinga e Presidente Alves. Aos 5 de outubro de 1916, Dom Lúcio Antunes de Souza criou a Capela de Pirajuí (quase paróquia), para facilidade de maior atendimento às Capelas de Presidente Alves, São Benedito da Corredeira, São João Sucuri e inúmeros núcleos e fazendas, que se abriam com a lavoura cafeeira. O primeiro Capelão foi o Padre Amaldo Geerts, M. S. C. Auxiliavam-no outros sacerdotes. Os padres atendiam às Capelas, Povoados, Fazendas, dando assistência periódica ao povo. Cuidavam, espiritualmente, das atuais paróquias de Presidente Alves, de Pongaí, Guarantã, Cafelândia, das nascentes cidades da Alta Paulista, chegando ao Alto Cafezal, hoje Marília. Seus nomes, e são inúmeros, estão ligados à terra e ao Povo de Deus nesta região. Formam eles hoje a operosa Província Brasileira dos Missionários do Sagrado Coração de Jesus.
Aos 13 de junho de 1919, é criada a Paróquia de Santo Antônio de Lins. Em 1925, foram criadas as Paróquias de Pirajuí, Presidente Alves, Avaí, Reginópolis, Promissão, Cafelândia (Nossa Senhora do Carmo), Avanhandava, Penápolis, Glicério, Birigui e Araçatuba. Aos 21 de junho de 1926, pela Bula “Ea Est In Praesenti”, do Papa Pio XI, foi criado o Bispado da Noroeste com sede na cidade de Cafelândia. A execução do documento, que deu existência jurídico canônica à Diocese, foi feita pelo Padre Victor Maria Cavron, delegado do senhor Bispo de Botucatu, no dia 8 de setembro de 1926.
Compreendia a Diocese duas Regiões do Estado: a chamada Noroeste e a Alta Paulista. A primeira (Noroeste), formada então pela longa faixa de terra entre o Rio Tietê e o Rio Feio, desde Tibiriça às barrancas do Paraná; a outra, formada pelas terras entre o Rio Feio e o Rio do Peixe, de Garça às margens do Paraná. A posse do primeiro Bispo Dom Ático Eusébio da Rocha foi a 9 de Junho de 1929. Viera transferido da Diocese de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Datam de seu governo a criação das paróquias de Garça, Vera Cruz, São Bento de Marília, Santa Isabel de Cafelândia (Catedral), Guaiçara, Guararapes (Imaculada Conceição), Bento de Abreu (Alto Pimenta). Com a elevação de Dom Ático Eusébio da Rocha a Arcebispo de Curitiba, tomou posse o segundo Bispo Dom Henrique César Femandes Mourão, da Congregação Salesiana, transferido da Diocese de Campos. Foi aos 10 de março de 1936. Foram criados por ele as paróquias de Guarantã, Getulina, Bilac, Santo Antônio de Marília, Oriente, Pompéia, Herculândia (Sant’Ana), Tupã, Paulópolis, Bastos, Parapuã (Canaã), Rinópolis, lacri, Valparaíso, Mirandópolis, Guaraçaí, Andradina (São Sebastião), Lins (São João Bosco) e Sabino.
Com o falecimento de Dom Henrique Cesar Fernandes Mourão, houve uma Sede Vacante de três anos (1945-1948). O Vigário Capitular Monsenhor Victor Ribeiro Mazzei criou as paróquias de Quintana, Lucélia, Osvaldo Cruz, Araçatuba (São João) e Dracena. Aos 22 de agosto de 1948, tomou posse o terceiro Bispo Dom Henrique Gelain, transferido de Cajazeiras, no Estado da Paraíba. Na sua gestão, foram criadas as paróquias de Flórida Paulista, Pacaembu (Curato), Lavínia, Gracianópolis, Tupi Paulista, Lins (São José) Murutinga do Sul, Araçatuba (C. de Maria), Piacatu, Guaimbê, Castilho, Andradina (N. Sra das Graças), Guararapes (São Pedro).
Aos 30 de agosto de 1950, foi transferida a sede da Diocese para a cidade de Lins, com a execução da Bula “Apostolicis Sub Plumbo Litteris”. Dom Henrique Gelain foi primeiro Bispo de Lins. Aos 16 de fevereiro de 1952, foi criada a Diocese de Marília desmembrada, totalmente, da Diocese de Lins, na faixa da Alta Paulista. Aos 15 de maio de 1964, foi instalada a Diocese de Bauru. Da Diocese de Lins, passaram à nova Diocese as paróquias de Arealva, lacanga e Avai.
Com a transferência do Senhor Dom Henrique Gelain para Vacaria, no Rio Grande de Sul, em 1964, foi designado Bispo de Lins o Senhor Dom Pedro Paulo Koop, da Congregação dos Missionários do Sagrado Coração de Jesus, no tempo, Vigário da Paróquia de Santa Terezinha de Bauru. A designação é de 27 de julho de 1964. Tomou posse por procuração aos 13 de novembro do mesmo ano, devido estar em Roma no Concílio Vaticano Segundo.
Fez sua entrada em Lins no dia 14 de março de 1965, quando de sua volta. De 17 de julho de 1964 a 13 de novembro de 1964, foi Vigário Capitular da Diocese Monsenhor Luiz Gonzaga Pasetto. Na referida data, Dom Pedro Paulo Koop tomou posse por procuração.
De seu governo, são as paróquias de Barbosa, Alto Alegre, Araçatuba (Bom Jesus) Araçatuba (Santo Antônio), Araçatuba (São José Operário), Gabriel Monteiro, Clementina, Lins (Fátima), Braúna, Luiziânia, Araçatuba (Sant’Ana), Pongaí, Andradina (Bom Pastor), Lins (São Benedito). Trouxe à Diocese sacerdotes religiosos da Congregação dos Montfortinos, os Padres do Espírito Santo, quatro sacerdotes da Arquidiocese de Utrecht um sacerdote da Diocese de Yokohama para a missão nipo-brasileira, dois sacerdotes da Bélgica da colaboração para a América Latina e outros.
Do breve relato histórico, que se fez da Diocese, está patente sua evolução religiosa. Caminhou nas circunstâncias do tempo e das coisas. A fisionomia espiritual da nossa gente refletiu-se, de início, no Cruzeiro, nas Capelas, no “Rezador”, no “Tirador de Terços, nas festas dos padroeiros, nas procissões, nas novenas, na “desobriga”, nas missões, no catecismo de perguntas e respostas, no funerais e em outras expressões. Era o padre acolhido com apreço e carinho, tal a reverência que se lhe dispensava nos Bairros e Fazendas que percorria numa pastoral de visita. Batizava, pregava, celebrava, presidia a matrimônios, atendia confissões e abençoava. Caracteriza-se a figura do Fabriqueiro cuja tarefa consistia na administração em geral da Capela e, particularmente, no que se referia às finanças. Era o responsável religioso. Quantos cristãos prestaram esses e outros serviços à comunidade. Nas mãos dos leigos caminhava a Igreja. Sinal de religiosidade eram tambem as doações de terras (patrimônios), feitas aos santos, como aconteceu em vários lugares da Diocese. Não tinha o povo evangelização e catequese aprofundadas. Imperfeitas eram as motivações religiosas. Havia, no entanto, atitude sincera de quem caminhava na fé.
As paróquias, no seu conceito jurídico, apresentavam-se mais como organização do que comunidade. O centro convergente era o Vigário. Os fiéis dependiam em tudo do sacerdote, limitando-se a receber. Fundam-se Associações, Irmandades, Confrarias, Ordens Terceiras e outros Movimentos. Os fins estatutários eram, como tais, válidos, mas fixavam o rumo da Associação. Trabalhavam, colaboravam em campanhas sociais, caritativas, religiosas e de outros objetivos. A Pastoral, no entanto, consistia numa atitude de defesa e de conservação. O fiel tinha procedimento isolado, individual, faltando maior solidariedade e fraternidade com espírito criativo de fé. Não corre aqui desmerecimento às Paróquias e nem às Associações, nem aos Movimentos pelo bem de que se fizeram credores e pelas realizações cujo saldo também foi apreciável. Ainda hoje muitas delas existem na Diocese. São forças que podem e devem ser aproveitadas numa revisão e inserção na pastoral global. .
Na década de trinta, alcançaram vulto as obras de caráter social, educacional, hospitalar e congêneres. É a presença da Igreja nos Colégios, Lares, Creches, Santas Casas, Vicentinos e outros. Tais obras, embora diminuídas em número, continuam os esforços de bem servir, reformuladas em termos de vida e pastoral adequada.
Pelos idos de quarenta e cinqüenta, movimenta-se na Diocese a Ação Católica. Quando da Sede Vacante, houve trabalho de formação dos quatro ramos fundamentais: Homens, Senhoras, Juventude Masculina e Feminina da Ação Católica. Semanas, Cursos, Tríduos realizaram-se nas paróquias e colégios. A ação Católica mostrava aos leigos que eles deveriam agir no seu ambiente, que é o mundo, por exigência do Batismo, da Crisma e do Mandato, em face das realidades da vida, que prescindiam da religião e de seus valores.
Surgiram setores especializados da Ação Católica. Muito se deve à JEC, à JUC e à JOC, nas Escolas, Cursos Superiores e Meio Operário. Desfazia-se o equívoco de que a Igreja e Mundo eram irreconciliáveis e de que Igreja se identificava com Paróquia. A legião de Maria marcou vigorosa expansão com seu múltiplo apostolado, sobretudo no contacto direto de visita às famílias e ambientes.
Em 1950, nascem movimentos de ordem geral que contribuíram para a renovação da Igreja no Brasil, num esforço de pastoral de conjunto e foram: a corresponsabilidade episcopal, a maior participação dos leigos na vida da Igreja, a atitude em favor da promoção do homem e das reformas sócio-econômicas. E mais: a fundação da Conferência dos Religiosos do Brasil e o Movimento por um Mundo Melhor. Em abril de 1962, o Episcopado apresentava o Plano de Pastoral de Conjunto. Tudo ganhou uma maior participação com o Concilio Vaticano Segundo. A Diocese recebe seu novo Bispo na pessoa do senhor Dom Pedro Paulo Koop. Um primeiro passo de renovação foi a avaliação do Secretariado Diocesano de Ação Pastoral com a liberação de três membros em tempo integral. Essa medida trouxe a necessária reflexão, para impulso e força ao processo de desenvolvimento da Pastoral. É justiça que se registrem os nomes de Monsenhor Victor Assuiti, Maria Terezinha Ferreira Cintra e Nobuco Kameyama. Concentra-se a Pastoral na comunidade a cujo serviço os ministérios são exercidos. Organizaram-se, em novos moldes, as Regiões Pastorais. É criado o Conselho de Presbíteros e os Vigários Episcopais na linha da corresponsabilidade. Nas paróquias, criaram-se órgãos de decisão e participação: os Conselhos Paroquiais, que abrangem a Pastoral e a Administração. Sobretudo, houve decidida e eficiente atenção para a formação das Comunidades de Base, que exigem participação dos leigos nas iniciativas, nas decisões, nas eleições, na execução de atividades comunitárias num engajamento real e efetivo. Há em pleno funcionamento movimentos que nasceram das Comunidades e por elas são assumidos: Liturgia, Catequese, Juventude, Família, Encontros de Casais com Cristo, Caná, Equipes de Nossa Senhora, Movimento Familiar Cristão, Cursilhos, Religiosos, Pastoral Nipo-Brasileira, Pastoral de Saúde, Equipe Todos Irmãos, Canto Pastoral, Instituto Paulista de Promoção Humana, Instituto Noroestino de Trabalho Educação e Cultura, Instituto Teológico de Lins. O Secretariado Diocesano de Ação Pastoral é hoje o Conselho Diocesano de Pastoral.
DOM IRINEU DANELON SÉTIMO BISPO DIOCESANO DE LINS (1988)